Representante assumiu funções no Secretariado Permanente do Fórum de Macau em Junho
Pedro Jorge de Abreu e Carvalho assumiu, a 17 de Junho, o cargo de Delegado de São Tomé e Príncipe junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau. O novo representante substituiu Gika Makeba da Graça Simão no posto.
Pedro de Abreu e Carvalho é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais e possui uma pós-graduação em Administração Pública.
Desde 2012, ocupou vários cargos de destaque em São Tomé e Príncipe, incluindo técnico na Câmara Distrital de Água Grande, Deputado à Assembleia Nacional e Director de Departamento na mesma Assembleia.
O novo representante de São Tomé e Príncipe junto do Secretariado Permanente, que possui rica experiência em gestão, diz que as suas prioridades no novo posto “passam por divulgar e dar a conhecer o país, e ser uma espécie de mestre de cerimónia de toda a sinergia que possa relançar os laços de irmandade entre os nossos povos”.
“São Tomé e Príncipe pode parecer que está muito distante de Macau, mas nós temos muitas coisas em comum,” salienta Pedro de Abreu e Carvalho.
O responsável afirma que “é preciso” que São Tomé e Príncipe tenha a “capacidade e a disponibilidade de dar a conhecer mais” o país, não só no âmbito das relações económicas, mas também “em outras áreas, que poderão ir desde a medicina tradicional até à indústria dos serviços financeiros de Macau”.
Segundo Pedro de Abreu e Carvalho, “para um país com a dimensão de São Tomé e Príncipe, em termos de população, território e criação de riqueza, tudo o que seja plataformas de atracção de investimento para a criação de riqueza tem que ser aproveitado". Nesse âmbito, o delegado refere que Macau "tem uma posição estratégica no mundo".
“É precisamente em fóruns desta magnitude que países como o meu – com reduzida capacidade de mobilização de investimentos público e privado – têm a oportunidade para, de uma forma profissional e adequada, divulgar as suas potencialidades”, sublinha o responsável.
De acordo com Pedro de Abreu e Carvalho, a China tem “ajudado e acompanhado” São Tomé e Príncipe no processo de desenvolvimento “desde os anos 1960/1970”.
Numa fase inicial, acrescentou, a ajuda da China focou-se no apoio à autodeterminação de São Tomé e Príncipe, depois da independência do país, em 1975. Após um interregno a partir do final da década de 1990, que Pedro de Abreu e Carvalho diz que fez a nação “perder inúmeras oportunidades de desenvolvimento”, os dois países reataram relações diplomáticas em Dezembro de 2016. No início de 2017, São Tomé e Príncipe aderiu oficialmente ao Fórum de Macau.
Na opinião de Pedro de Abreu e Carvalho, o Fórum de Macau representa uma excelente oportunidade para divulgar as potencialidades de São Tomé e Príncipe junto dos seus parceiros lusófonos e na Ásia.
Por outro lado, adianta, dada a localização estratégica de São Tomé e Príncipe no Golfo da Guiné, o país “poderá ser também um ponto de entrada para dar a conhecer as potencialidades desta zona específica do continente africano, com cerca de 350 milhões de consumidores”.
“Desde já, a produção de hidrocarboneto destaca-se como uma das áreas mais promissoras, o que pode contribuir em muito para a segurança energética do mundo”, remata o delegado.