A economia de Angola deverá crescer 1,25 por cento em termos anuais em 2017, depois de estagnar este ano, previu na quarta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com Ricardo Velloso, que liderou a equipa do FMI que visitou a capital angolana, Luanda, entre os dias 3 e 16 deste mês, a projecção reflecte uma recuperação no sector não petrolífero, relacionada com um plano de aumento da despesa pública e uma melhoria nas trocas comerciais.

Citado num comunicado, o responsável referiu também que a inflação anual em Angola deverá fixar-se em 20 por cento no próximo ano – depois de atingir 45 por cento no final de 2016 –, num cenário marcado por alguma rigidez nas condições monetárias e estabilidade da moeda angolana, kwanza.

Ricardo Velloso sublinhou ainda que a implementação de reformas estruturais era crucial para a diversificação da economia angolana, a dinamização do crescimento e a redução da pobreza.

“O sector privado deverá desempenhar um maior papel na economia, inclusive no desenvolvimento das infra-estruturas, através de um sistema robusto de parcerias público-privadas e concessões”, defendeu o responsável.