A taxa de desemprego em Portugal caiu para o valor mais baixo dos últimos quatro anos, noticiou a imprensa portuguesa.
Dados oficiais divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) revelaram que a taxa de desemprego do país caiu para 11,9 por cento no segundo trimestre do ano. Trata-se de uma quebra de 1,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
Segundo o jornal online português Observador, este é o nível mais baixo desde o último trimestre de 2010, embora, na altura, o método de cálculo da taxa de desemprego fosse diferente.
De acordo com o diário português Público, a taxa de desemprego registada no segundo trimestre deste ano atingiu também, pela primeira vez, um valor inferior ao registado quando a troika – grupo composto pela Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu – entrou em Portugal em 2011, para disponibilizar ao país um resgate financeiro. Na altura, acrescentou o jornal, a taxa de desemprego era de 12,1 por cento.
“O mérito da criação de emprego pertence às empresas, ao sector privado”, afirmou o Ministro da Economia de Portugal, Pires de Lima, numa reacção aos novos dados estatísticos, citado pela estação de rádio portuguesa TSF.
Apesar de o governante ter admitido que não se justifica olhar para estes números “com euforia”, acrescentou que os dados indiciam “um sinal de esperança para os portugueses”.
De acordo com a análise feita pelo jornal Público aos dados revelados pelo INE, há menos 38.000 pessoas desempregadas em Portugal do que quando a troika entrou no país. No entanto, nota o diário, “o número de empregos continua a ser substancialmente menor”.
O jornal frisou também que os dados do INE “não são ajustados de efeitos sazonais”. Segundo o diário, o segundo trimestre de cada ano é geralmente “aquele que apresenta variações mais positivas, devido à criação de empregos temporários que habitualmente ocorre no Verão”.