O Banco Central do Brasil desacelerou o ritmo da flexibilização monetária na quarta-feira, mas indicou que continua a ponderar reduzir as taxas de juros para um valor recorde no próximo mês, numa altura em que a inflação está sob controlo e os decisores políticos tentam impulsionar a recuperação económica, informou a agência de notícias Reuters.
O Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil reduziu a taxa Selic – utilizada como referência para as taxas de juros de outras instituições financeiras no Brasil e para remuneração de investimentos – em 0,75 pontos percentuais, para 7,5 por cento.
O banco repetiu o que havia adiantado na sua reunião anterior, recomendando uma redução moderada no ritmo de flexibilização no futuro, levando os analistas a preverem um novo corte em Dezembro nas taxas de juro, levando a taxa Selic a uma baixa recorde de 7,0 por cento.
“Se o banco irá ou não cortar a Selic abaixo de 7 por cento vai depender das perspectivas de curto prazo, que parecem relativamente benignas do nosso ponto de vista”, disse Luciano Sobral, economista do Santander Brasil, citado pela Reuters.