O turismo em Moçambique está a ganhar diversidade com o desenvolvimento de novas actividades turísticas em zonas de preservação da natureza, de acordo com as autoridades do país. As receitas turísticas nas áreas de conservação natural estão em franco crescimento, com uma parte significativa direccionada para o combate à caça furtiva, que tem dizimado algumas espécies no país.
De acordo com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) de Moçambique, as receitas turísticas arrecadadas nas áreas de conservação natural têm crescido entre 7 e 10 por cento ao ano. A instituição arrecadou 87 milhões de meticais (US$1,5 milhões) com o turismo em 2016, noticiou a agência noticiosa Lusa.
Os responsáveis da ANAC acreditam que isso tem sido possível graças à promoção do turismo nas áreas de conservação, numa estratégia que tem privilegiado a caça desportiva. Parte importante da verba arrecadada é direccionada para a conservação da biodiversidade e para o combate à caça furtiva em Moçambique, nomeadamente de elefantes e rinocerontes, de acordo com Bartolomeu Soto, director-geral da ANAC, citado pela Lusa.
A estratégia visa, em particular, combater o comércio ilegal de marfim, direcionado sobretudo para os mercados asiáticos, onde as presas de elefante e os chifres de rinoceronte são usados na medicina tradicional ou em objectos de luxo, refere a agência noticiosa.